Split Payment na Reforma Tributária: Entenda os Impactos para Sua Empresa

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Split Payment na Reforma Tributária: Entenda os Impactos para Sua Empresa

A reforma tributária no Brasil tem gerado muitas discussões entre empresários e profissionais da área fiscal. Uma das novidades mais comentadas é o split payment, um mecanismo que promete simplificar o recolhimento de impostos e reduzir a sonegação. Se você gerencia uma empresa, entender esse conceito pode ajudar a preparar seu negócio para as mudanças que vêm por aí. Neste artigo, vamos explorar o que é o split payment, como ele funciona na reforma tributária e quais benefícios ele traz para o dia a dia das companhias. Como especialistas em contabilidade, acreditamos que estar informado é o primeiro passo para uma gestão eficiente.

O Que É o Split Payment?

O split payment é um sistema de pagamento dividido de tributos. Nele, o valor do imposto é separado automaticamente do preço total da mercadoria ou serviço no momento da transação. Em vez de a empresa recolher o tributo depois e repassá-lo ao governo, o processo acontece de forma imediata e automática. Isso é parte da reforma tributária aprovada em 2023, que cria impostos como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). O objetivo é modernizar o sistema fiscal brasileiro, tornando o mais transparente e eficiente.

Imagine uma venda comum: o cliente paga pelo produto, e o imposto embutido vai direto para os cofres públicos. Bancos, operadoras de cartão e plataformas digitais atuam como intermediários, garantindo que a divisão ocorra sem erros. Essa abordagem já é usada em alguns países europeus para combater a evasão fiscal, e agora chega ao Brasil adaptada à nossa realidade.

Como Funciona o Split Payment na Prática?

Na prática, o split payment integra os sistemas fiscais com os meios de pagamento. Quando uma nota fiscal é emitida, o vendedor informa o valor total. No ato do pagamento, via Pix, cartão ou boleto, o intermediário financeiro separa a parcela do tributo e a transfere diretamente ao governo. O vendedor recebe apenas o valor líquido, sem precisar lidar com guias de recolhimento ou cálculos complexos.

Por exemplo, em uma venda de R$ 100 com alíquota de 20%, R$ 20 vão para o fisco, e R$ 80 ficam com a empresa. Tudo isso ocorre em tempo real, reduzindo o risco de inadimplência fiscal. A integração entre faturamento e pagamento simplifica as obrigações acessórias, como declarações mensais. Para setores com alto volume de transações, como varejo e e-commerce, isso representa uma economia de tempo significativa.

Cronograma de Implementação

A implementação do split payment não acontece de uma hora para outra. Ela começa em 2027, de forma gradual e em fases. Na primeira fase, o sistema é facultativo e restrito a operações entre empresas, conhecidas como B2B. Isso permite que as companhias testem e ajustem seus processos sem pressão imediata.

Na segunda fase, ele se torna obrigatório para B2B, dependendo da readiness do mercado. A terceira fase expande para transações com consumidores finais, B2C, mas ainda sem data definida. Em 2026, haverá testes sem cobrança efetiva, para que instituições financeiras e empresas se adaptem. A Receita Federal enfatiza a necessidade de sistemas interoperáveis para evitar falhas.

Benefícios para Empresas e Contribuintes

Um dos principais ganhos do split payment é a redução da sonegação, estimada em bilhões de reais anualmente no Brasil. Com o recolhimento imediato, o governo recebe os recursos mais rápido, o que pode estabilizar as contas públicas. Para as empresas, os benefícios incluem menor carga operacional. Não há mais necessidade de apurar impostos mensalmente ou lidar com multas por atrasos.

Além disso, o fluxo de caixa melhora, pois o risco de inadimplência diminui. Contribuintes cumprem obrigações de forma automática, liberando tempo para focar no core-business. Setores como tecnologia e serviços digitais, que lidam com pagamentos online, veem nisso uma oportunidade para se destacar, com processos mais ágeis e conformes.

Desafios e Preparações Necessárias

Apesar das vantagens, há desafios. As empresas precisam atualizar seus sistemas de ERP e faturamento para integrar com os meios de pagamento. Instituições financeiras devem garantir segurança e interoperabilidade, o que exige investimentos. Pequenas e médias empresas podem enfrentar dificuldades iniciais, mas a fase facultativa ajuda na transição.

Para se preparar, revise seus processos fiscais agora. Invista em treinamento para equipes e consulte especialistas para auditorias prévias. A automação de pagamentos é chave para evitar surpresas.

Como Nossa Empresa de Contabilidade Pode Ajudar

Na consulte contabilidade, ajudamos empresas como a sua a navegar por essas mudanças. Oferecemos consultoria personalizada para implementar o split payment, desde a análise de sistemas até o planejamento tributário. Com anos de experiência, garantimos que você esteja pronto para 2027, otimizando custos e evitando riscos.

Entre em contato conosco para uma avaliação gratuita. Juntos, transformamos a reforma tributária em uma vantagem competitiva para o seu negócio.

Em resumo, o split payment representa um avanço na fiscalidade brasileira, promovendo eficiência e compliance. Fique atento às atualizações e prepare se para colher os frutos dessa inovação.

Escrito por:

Carol Goulart

Contadora técnica e responsável na Consulte Contabilidade. Carol Goulart é diretora de gestão da Consulte desde 2019, responsável técnica da empresa e contadora há mais de 10 anos (CRC MG-112.214/O-3).

Formada em Ciências Contábeis pela IMEPAC – Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos e com MBA em Gestão Financeira e Empresarial, pela UNITRI – CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO.